A onda de revoltas e protestos ocorrida em alguns países do Oriente Médio, em 2010, ficou conhecida como "Primavera Árabe". Tais manifestações, organizadas em grande parte por meio do Twitter, levaram à instituição de novos governos e a reforma de outros. Portanto, considerando tal cenário, deve-se ressaltar a força da internet enquanto instrumento político e transformador do meio. Segundo Aristóteles, o homem é um ser social, sendo a sociedade parte de sua natureza. Para o alcance da felicidade e bem estar, é necessário o diálogo e união entre a sociedade a fim de atingir seus interesses comunitários. Desta forma a internet, devido a sua instantaneidade e acessibilidade, é o veículo ideal para tal objetivo. No caso da Primavera Árabe, as redes sociais foram vitais para a divulgação de locais de protestos, transmissão ao vivo dos mesmos e discussão sobre suas exigências aos governos. É possível afirmar que, devido à censura e o consequente bloqueio de determinados sites, o ciberativismo não seria totalmente eficaz. Entretanto, a existência de redes de informação anônimas, como a Deep Web, permite a organização e o contato de indivíduos sem deixar rastros. Sendo assim, tal artifício foi também utilizado durante a Primavera Árabe pelas lideranças dos movimentos, burlando a censura de alguns países e a espionagem do governo. Em suma, o ciberativismo é uma importante ferramenta para reformas sociopolíticas, e deve ser utilizada também a fim de exercer a cidadania. Para tal, no cenário brasileiro, cabe aos veículos midiáticos propagarem tal importância por meio da divulgação de, por exemplo, sites do governo como o "senado.org", onde a população pode opinar sobre projetos de lei. Além disso, a família pode instruir os mais jovens no uso responsável e crítico das redes sociais como meio de debate, por meio do consumo de leituras como notícias, artigos e colunas de fonte seguras e especializadas.