As redes sociais são a nova fronteira de confrontação política, capazes não só de difundir informações, como também de reinterpretá-las e organizá-las sob novas vozes. Elas são aliadas na coordenação de ações que se iniciam na internet e ganham as ruas. É nas redes sociais que ativistas encontram uma forma de alcançar, instantaneamente, o maior número de pessoas para organizar uma mobilização social. Mas será que, de fato, um movimento iniciado nas redes sociais pode mudar ou reverter uma situação? No ano de 2011, foi iniciado, nas redes digitais, um movimento conhecido como Primavera Árabe, no qual se criou um espaço para discutir a situação política dos países do Oriente Médio, essa mobilização ganhou as ruas, acabando por derrubar do poder governos autoritários. Já dizia o sociólogo espanhol Manuel Castells "a rede é a mensagem", ou seja, a retirada do poder desses ditadores foi possível com a ajuda das redes sociais, que possibilitou a democratização da informação, pois cidadãos comuns tiveram um espaço para serem ouvidos. Contudo, uma organização iniciada na internet pode ser facilmente aquecida, quanto esquecida. Muitas das mobilizações da era da tecnologia da informação não têm bases fortalecidas e, por isso, são aderidas com facilidade e também descartadas com rapidez. Isso ocorre, porque essas mobilizações perdem o foco devido ao grande volume de informações que cercam os internautas. Logo, as redes sociais são novos meios de comunicação, de sociabilização no século XXI. Elas podem ajudar um movimento a tornar-se maior. Para que as mobilizações, a partir das redes digitais, cresçam e se fortaleçam, a sociedade deve exigir de seus governantes uma ampliação do acesso virtual igualmente à toda população, para que mais pessoas possam se unir em prol de um mesmo ideal. Além disso, deve haver, por parte dos indivíduos que iniciam um movimento virtual, mais conhecimento para a construção das ideias a serem divulgadas, isso pode se implementado por meio de fóruns e discussões para que, com isso, haja maior engajamento e motivação que a participação exige.