Título da redação:

As redes sociais como meio de ativismo

Tema de redação: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 18/10/2018

A Primavera Árabe de 2011 foi um evento que ocorreu em diversos países do Oriente Médio e do norte da África, onde a população mostrou sua inquietação em relação aos governos vigentes ao realizar manifestações que mobilizaram milhares de pessoas. Esse movimento foi marcado, entre outros fatores, pela sua propagação nas redes sociais, no chamado ciberativismo, que passou a ser um meio no qual a população expressa suas reivindicações e posicionamentos sociais, políticos e ambientais, além de organizar movimentos ativistas em grande escala. Com todos os acontecimentos da última década e a facilitação do acesso à tecnologia, as plataformas digitais passaram a ter um papel diferente na vida social do indivíduo, sendo utilizada também na defesa de causas políticas, sociais e ambientais. Isso ocorre devido à rapidez na comunicação e disseminação de informações, o que permite interações rápidas entre indivíduos que defendem causas semelhantes e a organização de manifestações coletivas em grande escala. Com essa nova alternativa, a população passou a reivindicar seus direitos de uma forma mais acentuada, o que possibilitou a organização de grandes protestos. Um exemplo desse uso ativista das redes sociais foi a organização da "Marcha contra o genocídio negro! Somos Marielle Franco" no Rio de Janeiro, protesto que contou com milhares de pessoas para expressar sua indignação e exigir justiça a respeito do brutal assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018. São casos como esse que estimulam a população a exigir seus direitos e reivindicar mudanças de forma mais intensa, e as redes sociais foram o meio encontrado para realizar tal ato em grande escala. Tendo em vista o papel das redes sociais no ativismo e sua importância para o desenvolvimento social de um país, é necessário que o indivíduo tenha estímulos para buscar informações e exigir seus direitos de forma consciente. Para isso, o Ministério da Educação deve implementar o estudo das ciências sociais na Base Nacional Comum Curricular, com um formato mais dinâmico que incentive o aluno a se informar sobre os acontecimentos da sua região e do mundo, exigindo seus direitos de forma responsável, visando sempre o bem coletivo e um futuro cada vez melhor.