Título da redação:

As faces do ciberativismo no Brasil

Tema de redação: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 31/07/2016

O termo ciberativismo ganhou força nos últimos anos, tal palavra designa o ativismo online, que permite aos cidadãos fazer reivindicações, organizar passeatas, esclarecer dúvidas e mostrar diferentes pontos de vista sobre variados assuntos. No Brasil, o ciberativismo já permitiu a organização e promoção de diversas manifestações, entre elas, a manifestação do movimento feminista contra a cultura do estupro, que ocorreu no mês de junho de 2016 de forma civilizada e com grande participação feminina. Entretanto, o ciberativismo já vem atuando desde 2013, quando foi organizado através das redes sociais manifestações e passeatas contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo, o ato ficou conhecido como a “manifestação dos 20 centavos”. O ciberativismo possui dois lados, o lado em que as pessoas se organizam, discutem e vão as ruas manifestar-se, e o lado do ativismo preguiçoso, em que são criadas petições online, os interessados assinam e normalmente o ativismo acaba nessa assinatura. Mesmo com essa dupla face do ciberativismo, o mais importante é que hoje em dia as pessoas importam-se mais com os assuntos da sociedade e não temem o debate de opinião. O ativismo cibernético é sim uma ferramenta de protesto e caso não gerasse alguma mudança nos conceitos e atitudes da sociedade, ele não seria vetado, como ocorreu na Turquia, em que foi aprovada uma lei que o governo pode censurar o conteúdo online e bloquear sites como o Facebook e Youtube, redes que influenciam o pensamento político e social. Portanto, sendo o ciberativismo um ativismo eficaz, é de grande valia que o governo brasileiro não siga os mesmos passos do Parlamento da Turquia, pois o ativismo online segue as leis de liberdade de expressão e democracia. Os cidadãos como os maiores beneficiários desse ativismo devem absorver ao máximo de informações para que a sociedade seja cada vez mais questionadora dos seus direitos. Quanto ao ativismo preguiçoso é preciso que além do colhimento de assinaturas, haja alguma ação social em nome da causa, sendo organizada pelos assinantes, patrocinada pela mídia e, caso necessário, atendida pelo Estado.