Título da redação:

Ágora do século XXI

Tema de redação: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 04/08/2016

Os avanços ocorridos na atualidade provenientes da globalização traz à sociedade benefícios e malefícios, ao mesmo tempo em que a tecnologia torna fácil a comunicação, a propagação de notícias e qualquer outra forma de interação social, esta também torna o ser humano mais acomodado e conformado com os acontecimentos à sua volta. Nas décadas passadas, quando as redes sociais não faziam sucesso e a ânsia do povo por mudanças na política, educação, saúde e infraestrutura no geral era grande suficiente para unir os cidadãos nas ruas em protesto por mudanças. Tais protestos contabilizavam pessoas tanto quanto hoje, por exemplo as Diretas Já em São Paulo com mais de um milhão de participantes. Atualmente, com o comodismo das manifestações virtuais torna-se indispensável os internautas que se comovem mas não vão as ruas, a mídia acaba vendo como inclusão a necessidade de explicitar o ciberativismo. Percebe-se no ato do ciberativismo um falso ativismo, visto que o cidadão preocupado não fica sentado esperando curtidas ou compartilhando fotos, ele vai as ruas em protesto, ele reúne pessoas através da internet para o protesto real e não apenas virtual. Na Grécia antiga os cidadãos costumavam se reunir em locais chamados Ágora, parecidos com praças públicas, a maior atração na época, a Ágora antiga hoje chama-se rede social, local de encontro para pessoas discutirem assuntos dos quais se interessam, essa é a diferença, na Ágora discutiam-se principalmente política, assuntos que acrescentariam conhecimento e esclarecimentos ao homem, eram encontros reais e não uma simples conversa virtual como ocorre hoje. Portanto, para a maior valorização dos protestos atuais é necessário que a população saia da zona de conforto do falso ativismo. As escolas podem incentivar os alunos a serem mais participativos fisicamente nas decisões ocorridas no país, através de aulas direcionadas ao assunto. Além disso, a grande mídia deveria abordar o falso ativismo como problema em propagandas que motivem o cidadão ao protesto real e não apenas o virtual. Assim o ciberativismo utilizado de forma correta e não de forma cômoda continuará sendo essencial à organização de protestos e não cairá no falso ativismo.