Título da redação:

A união faz a força.

Tema de redação: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 01/08/2016

É indiscutível, que as redes sociais vêm sendo cada vez mais utilizadas como forma de ativismo. No entanto, apesar delas facilitarem a disseminação de movimentos e protestos, o que se vê realmente é que o ciberativismo vem sendo utilizado algumas vezes de maneira errônea. Isso por que, essa atitude tem feito com que as pessoas lutem em defesa de seus ideais apenas em ambiente virtual. Dessa forma, convém refletir se a utilização do ciberativismo traz quantidade ou a qualidade nas manifestações, e se ele pode trazer conquistas, assim como muitas movimentações ativistas trouxeram até hoje. De fato, é primordial pensar sobre quais são os efeitos da facilidade de exposição e comunicação que hoje se tem devido as redes. Subitamente, como afirma Jaack Bosman, a globalização encurtou as distancias métricas, o que aumentou muito mais as distancias afetivas. Sendo assim, de maneira análoga, pode se afirmar que o ciberativismo tem feito com que as pessoas criem e participem de comunidades online, que lutam por um motivo em comum, mas apenas virtualmente – em suas zonas de conforto –, ou seja, deixam de lado o ativismo prático, caracterizado por sua força de vontade de se unir e ir as ruas. Mas ainda assim, em alguns casos, o ciberativismo tem se mostrado eficiente, já que se utilizado da maneira correta pode tornar-se uma astronômica ferramenta de protesto para a população. Um exemplo disso, aconteceu no Oriente, durante a Primavera Árabe em que a população utilizou as redes sociais – facebook e twitter – para estimular, programar e promover protestos contra o governo. Outro caso se tem entre 2013 a 2014 na luta da população Ucraniana contra o governo que pretendia se juntar a Russia. Em ambas as situações a população utilizou como ferramenta o ciberativismo junto ao ativismo prático e tiveram êxito e sucesso em seus protestos. Fica claro, portanto, que se houver um concilio entre o ativismo prático com o ciberativismo, os protestos terão maior quantidade de colaboradores e maior eficiência. Para isso, é preciso primeiramente que a Mídia junto ao terceiro setor promova reportagens, palestras, notícias e projetos que apresente os efeitos da tecnologia e mostre a realidade política e social atual da sociedade, afim de formar uma população crítica, responsável e revolucionária que conheça e reivindique seus direitos de forma saudável utilizando de diversos recursos hoje disponíveis. Ademais, é necessário que o Ministério da Educação aumente nas escolas de Ensino Médio a quantidade de aulas das disciplinas de filosofia e sociologia com objetivo de fazer com que os alunos conheçam o ativismo e o ciberativismo e vejam o quanto é benéfico a utilização dos dois como forma de manifestação. Assim, será visível o quanto o ciberativismo pode sim, junto ao ativismo prático ser uma ferramenta de protesto.