De acordo com Zygmunt Bauman, importante sociólogo polonês, vive-se tempos líquidos. A sociedade do século XXI encontra-se incapaz de sentimentos profundos e duradouros, isto reflete na militância. Ademais, a internet possui o papel de informar de maneira imparcial sobre protestos, infelizmente muitos aproveitam-se da visibilidade proporcionada para aparentar ativismo e assim serem exaltados socialmente. É preciso senso crítico e uma maior imparcialidade das redes televisivas. "Nem tudo que está na televisão é verdade", está é a premissa que muitos brasileiros se espelham ao procurar uma outra fonte midiática: a internet. Em redes sociais, pessoas comuns passam a ser protagonistas da verdade, compartilhando fotos e textos, tornam-se formadoras de opiniões adversas. Como exemplo, é impossível ignorar o papel fundamental do Twitter na Primavera Árabe, considerado responsável pela divulgação de datas para os protestos subsequentes. Concomitantemente, militantes de causas sociais são exaltados socialmente. Pessoas com o objetivo de ganhar "curtidas" em redes como o Facebook, fingem preocupação com protestos, confirmando presença em eventos de cunho ativista e muitas vezes, prejudicando a organização do mesmo. É necessário entender que militância é revolução. Precisa-se abandonar os tempos líquidos, ou seja, envolver-se de forma não superficial. Uma mídia televisiva menos parcial teria como consequência um menor número de falsos ativistas, já que a televisão mantém o anonimato do espectador. Através de palestras motivacionais proporcionadas pelo governo, o senso crítico seria desenvolvido de forma que a crença de "curtidas" em Facebook, como forma de aumentar a auto estima, seria extinta.