O Ciberativismo permite que os grupos se coordenem em prol dos seus objetivos comuns, agendando manifestações e reuniões. Trata-se de uma ferramenta de protesto com a qual aqueles verdadeiramente engajados numa causa têm suas atividades facilitadas. Porque então os líderes governamentais preocupam-se com essa tecnologia? Nas manifestações anticorrupção ocorridas em 2015 por todo Brasil, onde pesquisas da Data-Folha anunciaram milhões de participantes nas passeatas das capitais, ficou clara a presença do Ciberativismo no país. Os líderes dos grupos organizaram os encontros e passeatas através das redes sociais, foram protestos pacíficos pela reivindicação de direitos que exemplificaram a importância da comunicação cibernética. Porém, como qualquer outro utilitário, pode ser empregado de várias maneiras, assim existem protestos através das redes sociais sem embasamento, com textos discriminatórios e até racistas, onde é aproveitado o anonimato que essa tecnologia oferece. Também é essencial ressaltar que organizações criminosas como, por exemplo, a AL-Qaeda utilizam como forma de aliciar adeptos as facilidades do Ciberativismo e isso dificulta o combate ao terrorismo. Por isso o Ciberativismo tem duas faces, por um lado é uma ótima ferramenta que auxilia na luta por direitos e no engajamento de cidadãos em associações de seus interesses, por outro ajuda no mascaramento de crimes e terrorismo essa vertente é a que preocupa o governo. Assim, as redes sociais devem ser constantemente monitoradas garantindo os direitos de expressão das pessoas, mas também evitando as atitudes extremistas que possam prejudicar a sociedade. As autoridades devem continuar estudando a internet.