Segundo o filósofo Aristóteles, a educação possui raízes amargas, mas seu fruto é doce.Essa afirmação se encaixa muito bem no cenário brasileiro, porque seria racional acreditar que no Brasil, detentor da oitava maior economia mundial, tivesse um sistema de ensino eficiente. Contudo, o que se observa é o oposto e o resultado desse contraste é refletido na velocidade em que o país cresce. Para exemplificar, o Japão se encontrava arrasado após os atentados nucleares da segunda guerra mundial, para sair dessa situação os japoneses decidiram investir o maior montante possível de seu PIB em educação. Como resultado de décadas de investimento, o país se tornou uma das nações mais poderosas e desenvolvidas tecnologicamente no mundo.Aliado ao Japão, temos países muito ricos como Canadá, Noruega e Suécia com excelentes ensinos públicos. Em contrapartida a esses países, o Brasil investe menos de 10% de seu PIB em educação e enxerga como consequência a falta de universidades, de infraestrutura, materiais pedagógicos escassos ou de má qualidade e salários medíocres aos profissionais dessa área. Ademais, os jovens estudantes estão desestimulados a estudarem, haja vista a enorme dificuldade de se entrar em uma universidade pública de qualidade, isso pois as vagas são bem inferiores ao número de concorrentes. Esses, mesmo depois de formados no nível superior ainda encontram dificuldades para encontrarem emprego, visto que a taxa de desemprego no brasil é altíssima. Como consequência, essas pessoas se veem obrigadas a deixarem o país ou recorrerem a empregos informais para sobreviverem. Nota-se, portanto, que a educação brasileira se encontra em raízes amargas, entretanto seus frutos doces devem ser colhidos . Para que isso aconteça o Brasil deve seguir o exemplo do Japão, disponibilizando uma parte considerável de seu PIB ao Ministério da Educação afim desse investir na infraestrutura das escolas, na construção de novas, em materiais pedagógicos de qualidade e salários maiores aos profissionais da área.Somente assim os empecilhos que impedem a educação pública brasileira de prosperar serão sanados.