A educação de qualidade é a base para um país desenvolvido. Graças a essa, a população tem consciência da importância do aprendizado para outros setores, como a economia e a saúde. Porém, no Brasil, essa visão não se faz presente devido a falta de administração de recursos públicos e a cultura trabalhista existente no país. Segundo dados do governo, em 2013, o Brasil investiu 6,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, sendo que a meta é chegar aos 10% em 2024. Contudo, apesar da existência de recursos, esses não são administrados corretamente, já que seus gestores não são comprometidos, podendo haver desvio de verbas nas esferas federal, estadual e municipal. Essa falta de engajamento é refletida na baixa remuneração de professores e instalações e infraestruturas indecentes de escolas. Assim, os ensinos fundamental e médio são de péssima qualidade, o que se faz necessário o uso do sistema privado por determinadas classes sociais e o auxílio do governo, como as cotas, para o ingresso ao ensino superior àqueles que não tem outra opção além do público. A depravação da educação se estende a esfera cultural, pois há um ativismo histórico adquirido no período de ditadura, no qual o trabalho deve prevalecer perante o estudo para ajudar na renda familiar, provocando a evasão escolar. Portanto, a educação no Brasil apresenta vários desafios e, para ultrapassá-los, são necessárias uma reorganização na distribuição de verbas e a admissão de pessoas capacitadas e empenhadas. Além disso, deve haver campanhas de conscientização para a importância da educação para tentar eliminar a cultura de desistência dos estudos.