A Constituição de 1988, em seu artigo 205, garante aos indivíduos brasileiros o direito a um sistema de educação gratuita e universal. No entanto, mesmo com os grandes avanços conquistados no âmbito educacional, o lema, “Pátria Educadora”, usada pelos últimos governos não se confirma na prática. Nesse sentido, a falida organização da educação nacional compromete o futuro da nação. Igualmente como Polônia e França, o Brasil oferece aos seus cidadãos o direito de frequentar escolas gratuitamente. Contudo, nos critérios de qualidade de ensino e infraestrutura, o país aparece nas últimas posições, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Assim, o modelo adotado pelo Brasil é praticamente o mesmo aplicado pelos melhores colocados, mas a falta de um sério tratamento dado a essa área é o reflexo da má colocação. Outro determinante fator para a “crise da educação” é o descaso dado ao valor real do ensino para a sociedade. Como pontua, um dos mais brilhantes educadores do país, Paulo Freire “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Portanto, existe a necessidade dos indivíduos de acreditarem na educação como um fator de possível mudança da situação social. Dessa forma, os avanços ocorridos nos últimos anos ainda são pouco frente a necessidade. Por isso é dever do Estado, por meio do Ministério da Educação, a busca pela mudança na qualidade de ensino – oferecendo aos professores maior especialização – e maiores investimentos na infraestrutura das escolas, com a criação de bibliotecas, laboratórios e salas de aula mais preparadas. Também é preciso uma ação conjunta entre pais e as instituições de ensino, com palestras e permissão dado aos educadores para discutir o valor da educação na sociedade, pois assim, poderemos propagar a ideia de Paulo Freira no qual o aluno consciente tem o poder de mudar o mundo.