Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Brasil: pátria educadora? A educação contemporânea brasileira.

Redação enviada em 01/05/2016

Historicamente, a educação formal já foi tida como privilégio de poucos. Nas sociedades democráticas contemporâneas, como o Brasil, esse conceito foi (naturalmente) extinto. Todavia, a atual conjuntura da educação no país parece se contrapor a esse fato. A alienação política dos brasileiros (especialmente das classes menos favorecidas) e o deficiente sistema educacional no qual estão inclusos constituem o cerne dessa questão. O cenário social da nação é uma herança de seus tempos de colônia portuguesa. A alta segmentação social (e racial) vigente no período se perpetua à medida que os representantes legais do povo não realizam esforços para alterá-la. Através das ferramentas midiáticas (como a propaganda política), a maioria dos candidatos brasileiros eleitos exerce uma espécie de “voto de cabresto intelectual”, o que acaba por construir um círculo vicioso, no qual a escolha inconsciente de parlamentares e chefes de Estado acaba por manter o status quo. Como consequência, a educação - principal fonte de construção de pensamento - é largada ao descaso. Baixos salários e péssimas condições de trabalho fazem com que professores e funcionários públicos percam o interesse pela profissão. Isso faz com que o aprendizado lúdico se afaste cada vez mais da realidade do jovem brasileiro, que termina, desse modo, sucumbindo às baixas perspectivas de ascensão social e enxergando a prosperidade econômica como uma utopia. Dito isso, é evidente que os índices de analfabetismo e de evasão escolar estão intrinsecamente relacionados. Ao abandonar a escola, o estudante quase sempre vai atender à demanda por empregos subalternos e informais. Assim, permanece o resto de sua vida com preparação técnica e profissional baixa ou inexistente. É este mesmo brasileiro que se ilude com propostas e discursos levianos de candidatos e dá respaldo a tais falácias. Então, a solução do problema passa inevitavelmente pelo engajamento lúcido dos cidadãos brasileiros nos processos políticos do país. Nesse sentido, a mídia televisiva deve incluir em sua programação mais conteúdo educacional para envolver o telespectador nesta mudança. As mídias sociais podem ser utilizadas em maior grau para pressionar representantes. E cabe ao próprio Estado a promoção de boas condições trabalhistas para aqueles que se propõem a construir a vida de cada cidadão: os educadores.