De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad), houve um aumento percentual do número de crianças e jovens frequentando as escolas nos últimos anos. Entretanto, tal elevação não está acompanhada de qualidade de ensino para a maioria das escolas; isso porque a família e a sociedade estão insuficientemente inseridas junto a especialistas na discussão sobre a educação formal nacional. Esta insuficiência ficou explicita no ano de 2015 por meio da crise na educação estadual paulista. Nessa, centenas de jovens ocuparam suas escolas porque o governo não se dispôs a dialogar com a população sobre uma reforma na qual mais de 300 mil pessoas seriam afetadas. Tal fato, mostra que apesar do brasileiro, em geral, ser pouco ativo na luta pela melhoria do sistema educacional ele deseja sim ser consultado. Contudo, para promover esse diálogo é preciso eliminar as barreiras entre especialistas e a sociedade. Tais obstáculos serão derrubados ao serem postas em prática as propostas das teses dos profissionais da educação. Por exemplo, para muitos pesquisadores do tema educação é preciso unir a tecnologia ao conhecimento exposto nas classes, integrar as diversas disciplinas, tornar a teoria escolar realmente útil ao desenvolvimento social. Portanto, a fim de mobilizar o povo brasileiro e integrá-lo ao debate sobre educação o poder público deve promover audiências públicas, em espaços físicos ou através da internet, com diretores, pesquisadores, coordenadores, pais e alunos. Com isso, poderá entender as necessidades de cada comunidade e reuni-las em um documento como bases para diretrizes nacionais de ensino.