Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Brasil: pátria educadora? A educação contemporânea brasileira.

Redação enviada em 02/06/2017

Conforme defendeu o filósofo Paulo Freire na obra “Pedagogia do Oprimido”, a educação é responsável pela formação do indivíduo enquanto crítico e cidadão. Sendo assim, a desvalorização da classe dos professores, associada a péssimas condições de infraestruturas das escolas brasileiras, coloca em voga o papel da educação contemporânea na formação do indivíduo com base no modelo previsto por Paulo Freire. Antes de tudo, é preciso perceber que a desvalorização dos professores em grande parte das cidades brasileiras, com baixos salários, é um dos problemas da educação contemporânea. A incapacidade dos órgãos estaduais e federais em honrar o piso salarial dos professores, influencia na qualidade do ensino, visto que, profissionais mal remunerados, não se veem aptos a apresentar um trabalho de qualidade, acarretando em um déficit na educação dos alunos. Além disso, as péssimas condições das salas de aulas, a ausência de vagas em creches infantis, a carência de transportes que possam fazer o trajeto dos alunos das zonas-rurais para as zonas urbanas, maximiza o grande problema que enfrenta a educação no mundo atual. Em um panorama como esse, repleto de variáveis, para difícil imaginar soluções definitivas, porém é fundamental agir para reduzir os seus efeitos. Para isso, todos os setores da sociedade precisam sair do seu atual estado de inércia. De fato, diante do caráter de urgência, o poder público deve agir com velocidade, investindo na qualificação dos profissionais da educação, em escolas com qualidade e em métodos que facilitem a inclusão de deficientes ao ambiente escolar. Apesar da necessidade de resultados imediatos, a melhora não pode se limitar a paliativos. Nesse sentido, o trabalho do governo pode ser complementado pela mídia, com a produção de ficções engajadas, ou seja, novelas, filmes e comerciais que abordem a valorização de uma educação com qualidade para a formação completa do indivíduo. Fica evidente, portanto, que a educação contemporânea brasileira exige medidas concretas e não apenas um belo discurso. Nesse sentido, o caminho parece ser uma difícil – mas não utópica – revisão de valores, possível a partir de pequenas mudanças na educação. Sem dúvidas, se as escolas ampliarem o foco de ensino para além de questões apenas de conteúdo, e se preocuparem com a formação moral e ética do indivíduo, é possível fazer do Brasil uma pátria educadora.