A educação, segundo Paulo Freire, filósofo brasileiro, é um poderoso utensílio gerador de transformações sociais - sua ausência implica na inexistência de progresso. No cenário brasileiro contemporâneo, a intensa crise do sistema educacional é fruto evidente da deficiência enfrentada pelas instituições escolares e pela imensurável desvalorização - moral e financeira - direcionada aos professores, principais agentes protagonizadores do sistema em questão. Em primeiro plano, deve-se considerar a interferência - maléfica - de um ambiente deteriorado na qualidade do ensino e da aprendizagem. Nesse contexto, um recinto pintado, amplo, confortável e equipado com materiais básicos, como: carteiras, lousa, giz etc., é condição vital e imprescindível para o desenvolvimento das mais diversas competências e habilidades cognitivas. Contudo, de acordo com estudo idealizado pela UnB - Universidade de Brasília -, lamentavelmente, somente 1% das escolas brasileiras têm infraestrutura ideal, ou seja, condizem com a situação supracitada, já 44% das instituições convivem com espaços desorganizados, insalubres e precários - características essas que produzem um corpo discente, incrivelmente, disperso e que dificultam, acentuadamente, a absorção do conhecimento. Em segundo plano, é cabível evidenciar o assombroso desprestígio do profissional da educação e o reflexo direto desse ato no que é explanado em sala de aula. De fato, pessoas que não são remuneradas adequadamente estão propícias a desenvolver um espécie de desestímulo em relação a tarefa realizada cotidianamente, no caso, lecionar. Além disso, ressalta-se o descaso proveniente do Estado, que persiste em manter um piso salarial incompatível com o labor - desafiador - desse profissional - suporte, alicerce de qualquer formação acadêmica. É perceptível, portanto, a incrível fragilidade que envolve e paralisa o sistema educacional brasileiro. É prudente que o Governo destine a colégios estruturas físicas com mais qualidade, disponibilize materiais básicos de aspecto educacional - porque sim, eles fazem a diferença - e efetue um pagamento que seja condizente com a realidade do professor. Para isso, é fundamental que haja mais recursos financeiros sendo destinados a esse setor. Além disso, a mídia - cão de guarda da sociedade -, na veiculação de reportagens que denunciem o atual cenário decadente das entidades escolares do brasil. Só assim, poderemos ostentar coerentemente o slogan da pátria educadora.