Título da redação:

Padronização do ensino

Tema de redação: Brasil: pátria educadora? A educação contemporânea brasileira.

Redação enviada em 09/10/2017

Os diversos problemas sociais brasileiros, advindos de sociedades sem bases educacionais acertadas, como o analfabetismo funcional, as desigualdades econômicas, entre outros; são crescentes em nosso país. Tal conjuntura agrava-se, ainda mais, em virtude de dois aspectos: a padronização do ensino nas redes públicas e os fatores socioeconômicos dos alunos. A princípio, é possível perceber que essa circunstância deve-se a questões administrativas. É indubitável que a Constituição Brasileira incube ao Estado o dever de disponibilizar o acesso à educação para todos. No entanto, quando este elabora projetos voltados para a educação nacional- desde propostas simples até as mais ousadas -, como, por exemplo, oferecer o ensino integral para 50% das escolas públicas, ele o faz de forma padronizada, desconsiderando o fato de que algumas regiões do país não possuem recursos para custearem tais programas sem o total apoio do Estado, o qual, geralmente, se omite nessa função. Não obstante, algumas áreas do país conseguem avançar no ensino, enquanto que outras se mostram atrasadas, dado que, segundo pesquisas do IBGE de 2016, o nordeste brasileiro é a região que possui os índices mais altos de analfabetismo, a saber: 26,6%. Outrossim, vale ressaltar a relevância dos aspectos socioeconômico na vida dos alunos. Isto é importante, pois, segundo o pesquisador norte-americano Martin Carnoy, os sistemas escolares estão profundamente conectados com a sociedade em que estão inseridos, logo, se a sociedade vai mal a educação também irá. Com isso, nota-se que, mesmo o Brasil sendo um país muito rico, o qual investe 6,1 % do seu PIB em educação, ele ainda apresenta um parco desenvolvimento escolar, visto que, a desigualdade social, a pobreza e a fome fazem parte do cotidiano de milhões de estudantes brasileiros. Assim, esses investimentos do Estado mostram-se ineficazes, dado que, mais da metade dos alunos estão sofrendo de desnutrição e de péssimas qualidades de saúde. Torna-se evidente, portanto, que uma série de fatores, administrativos e sociais, fazem a educação pública ser precária e exigem rápidas mudanças. Para tanto, será preciso que os entes federados – União, Estado e Município- trabalhem juntos, visando sempre atender, teórica ou economicamente, os problemas específicos de cada região. Ademais, o Ministério da Educação, deverá criar secretárias especializadas em ajudar estudantes de baixa renda, auxiliando-os financeiramente para que estes não sejam obrigados a abandonar a escola ,em virtude da pobreza familiar.