Por volta do ano 30.000 a.C., ainda na Era da Pedra Lascada, o homem começou a registrar e compartilhar suas experiências. Desde então, cada geração traz consigo os conhecimentos passados e constrói novos. Essa corrente empírico-científica, hodiernamente, tem sua eficácia comprometida por diversos fatores sobre os quais é válido discorrer. O sistema de educação brasileiro, diferente do japonês, do inglês e de vários outros, tem como alicerce longas jornadas de aulas em todos os dias úteis da semana. Tal modelo, a fim de ter sua eficiência assegurada, demanda professores bem pagos e alunos bem abastecidos de suas necessidades. Contudo, em breve análise desse setor - mais especificamente na parte pública - é notável e preocupante a precariedade. A parte da verba destinada à educação, em todos os níveis, que sobreviveu aos recentes cortes é ainda mais danificada por desvios ilegais. Como resultado, nas pesquisas feitas internacionalmente pela ONU quanto a linguagens e matemática, o Brasil figura nas últimas posições. "A educação é o motor da prosperidade, mas a gasolina é o conforto.". A frase do físico teórico Michio Kaku chama atenção para um problema paralelo: não é possível exigir alto rendimento acadêmico de pessoas cujas necessidades mais básicas não são supridas, pois, bem como um motor não funciona sem gasolina, um estudante não vinga sem alimentação adequada, cadeiras e mesas, material escolar, roupas dignas e afins. Destarte, fica claro que o problema na educação nacional está enraizado em várias camadas. Dessa forma, conquanto visando à melhora direta de um setor, são necessárias várias frentes de atuação. A União deve assumir maior parcela das despesas em escolas de base, aumentando os salários dos profissionais envolvidos. Ademais, deve-se aumentar a fiscalização e transparência do trabalho dos prefeitos, tornando inelegíveis os que descumprirem os requisitos mínimos em sua gestão. Dessa forma, no médio e longo prazo, pode-se esperar uma sociedade mais engajada na educação e, por consequência, mais próspera.