No que se refere à educação brasileira, pode-se afirmar que, na maioria das vezes, a qualidade no ensino básico está associada à condição econômica familiar. As escolas particulares são uma opção para superar o sistema precário da educação oferecida na rede púbica. O problema é que tais estabelecimentos de ensino custam caro. Por isso, muitas famílias não conseguem pagar despesas escolares, restando-lhes ingressar no ensino público brasileiro como única opção. Desde a época do Brasil Colonial, a qualidade do ensino era diferenciada entre as classes sociais. Apenas os filhos de pessoas ricas conseguiam estudar na Europa, enquanto o ensino brasileiro quase não existia. No Brasil atual, não é preciso viajar para o exterior para se ter um ensino de excelência, mas, por aqui, se paga caro por uma boa educação. Materiais didáticos caros, acompanhamento por pedagogos, mensalidades altas, tudo isso é oferecido nas redes privadas de ensino. Sendo assim, o custo para manter um filho num colégio particular pode ultrapassar 30% da renda familiar. Além disso, a falta de incentivo financeiro piorar o quadro da educação na rede pública. Muitos docentes não estão satisfeitos com os salários oferecidos pelo Governo. Esses educadores acabam lecionando nas instituições particulares, em cursinhos ou por conta própria. O Ministério da Educação (MEC) deveria investir em planos de carreiras mais estruturados para os trabalhadores da área educacional, como aumento justo de salário. Assim, reteria maior quantidade de professores qualificados para escolas públicas, e consequentemente, diminuiria a desigualdade entre a qualidade da educação público/privado. O ensino púbico de qualidade, portanto, deve ser uma prioridade do Estado. O Governo Federal deve repassar uma maior porcentagem de recursos para educação, pois atualmente participar com apenas 20%. As instituições particulares de ensino deveria visar menos no lucro, diminuindo as mensalidades para que mais pessoas possam ter acesso as suas dependências. Martin Luther King disse que “toda hora é hora de fazer o que é certo”. Portanto, está no momento de fazer com que todos os alunos brasileiros tenham acesso a uma educação de qualidade.