Título da redação:

Educação no Brasil

Tema de redação: Brasil: pátria educadora? A educação contemporânea brasileira.

Redação enviada em 01/06/2018

A educação, no Brasil, já existia antes mesmo da colonização. Os índios, por exemplo, tinham seu próprio modelo de ensino, o qual era transmitido as restante da aldeia pelos mais experientes. Ao decorrer dos séculos, o modelo pedagógico sofreu várias alterações, porém não direcionou as pessoas para a vida real em coletividade. Nesse contexto, deve-se analisar os desafios que o país encontra para produzir uma educação viva e contemporânea. A fragmentação do ensino é um dos principais paradigmas educacionais. Isso decorre do modelo pedagógico influenciado pela industrialização da década de 1950, pois se fazia necessária uma pedagogia voltada ao abastecimento da mão-de-obra, o que fez a escola atuar como uma linha de produção, ou seja, ser segmentada. Lamentavelmente, esse cenário ainda é comum e pode ser evidenciado quando os alunos vão para o colégio, assistem á aula de alguma matéria e, depois de alguns minutos, de outra e assim até o fim do turno. Por consequência disso, conforme defende a filósofa Viviane Mosé, as crianças vão fragmentadas para um mundo que tem problemas universais e , ao se depararem como essa realidade, elas desenvolvem sentimento de impotência e ansiedade. Além disso, nota-se, ainda, que o isolamento das escolas também é um grande desafio a ser superado na educação. Isso decorre do período da Ditadura Militar, pois, para atender aos objetivos dos governantes, as escolas passaram a ser uma espécie de prisão, onde era vedada aos alunos a difusão de conhecimentos que produzissem senso crítico e que mostrassem a realidade. As instituições de ensino, infelizmente, ainda reproduzem esse modelo pedagógico. Os alunos, por exemplo, embora que por algumas horas, esquecem o mundo exterior para se concentrarem apenas em assimilar conteúdos que serão exigidos em provas. O resultado disso são pessoas cada vez mais individualistas e pouco integradas ao meio coletivo. Torna-se evidente, portanto, que a educação brasileira precisa ser reajustada para melhor preparar os alunos para a vida. Em razão disso, o Ministério da Educação, em parceria com intelectuais e pedagogos, deve discutir e aprovar uma reforma curricular do ensino infantil, fundamental e médio. Essa reforma deve incentivar a interdisciplinaridade entre os conteúdos vistos em sala e aumentar a carga horária de aulas extraclasse para que os alunos possam unir esses conteúdos ao mundo real. Além disso, a Secretaria Municipal de Educação deve, periodicamente, ir ás escolas do bairro fiscalizar se elas estão realizando o que foi determinado na nova reforma. Dessa forma, os alunos serão, de fato, direcionados á realidade que vivem.