Em meio a tempos de crise, a área da educação não escapou dos cortes de verbas bilionárias proporcionadas pela "pátria educadora". Com esse cenário, faz-se crer que nada mais do que propagandas hipócritas estão sendo feitas, revelando o verdadeiro descaso do Governo em relação à área educacional. A falta de planejamento é uma das principais responsáveis pela desigualdade da qualidade das escolas públicas. A União, por exemplo, detém a maior parte dos tributos, entretanto, é responsável por apenas um quinto dos recursos destinados à educação. Diante disso, é possível notar que o Estado está pregando uma política de formação desigual dos alunos, contribuindo ainda mais para uma maior discrepância da qualidade das escolas. Além disso, as precárias condições dos colégios colaboram para um desânimo mútuo entre o corpo docente e os alunos. A realidade brasileira permite inferir que, grande parte dos alunos, frequentam a escola por obrigação, demonstrando o desinteresse do grupo discente, ocasionando em uma péssima formação da vida escolar desses jovens. Ademais, a má remuneração dos professores aliada às, muitas vezes, precárias condições de trabalho, agravam, ainda mais, a situação. Fica claro, portanto, a indiferença de como é tratado a área da educação pelos governantes brasileiros. "Se a educação não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade mude"- disse Paulo Freire, filósofo brasileiro. Diante disso, é evidente a necessidade de uma reformulação da área educacional pelo Governo. É preciso que este a transforme de coadjuvante a protagonista, assim como fez a Coreia do Sul, investindo maciçamente no ensino para que assim o país possa colher os "frutos" do desenvolvimento em médio a longo prazo.