Já se via no século XVIII, a utilização da educação como causadora de desigualdade social, em que o ensino era limitado a uma classe da população, ou seja, apenas a classe dominante. Neste contexto surge claramente um dos fundamentos da baixa escolaridade da população brasileira e da falta de recursos para a eliminação das diferenças entre as classes. Ao se examinarem algumas escolas públicas do Brasil, verifica-se que nas comunidades mais carentes, a infraestrutura das instituições, não lhes dão condições de ser chamadas escola. Como dizia Paulo Freire “o objetivo da educação é conscientizar o aluno”, principalmente as parcelas desfavorecidas da sociedade, leva-las a entender sua situação de oprimidas e agirem a favor da própria libertação. Além das fraquezas da infraestrutura nas escolas brasileiras, outro fator importante a ser discutido pelo país é a polêmica da má formação da educação básica. De acordo com a Organização e Cooperação e Desenvolvimento Econômico, em uma pesquisa levantada com 79 países para avaliar o ensino e a qualidade da educação, o Brasil ocupa a 60º posição. A partir disso, é possível ver o quanto é preocupante o estado no qual o país se encontra e nos possibilita visualizar que a má formação básica é a causa de muitos conflitos entre jovens e adultos na sociedade. Há argumentos que dizem que a falta de comprometimento e de qualificação dos professores é o motivo causador de problemas nas escolas. Este pensamento deve ser analisado já que existem projetos criados por educadores para melhorar a educação básica no país. Um exemplo disso, é o projeto Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que tem como objetivo orientar a construção do currículo das mais de 190 mil escolas da educação básica do país, públicas e privadas. Fica claro, portanto, que o Brasil pode e necessita colocar a educação dos brasileiros em primeiro lugar. O primeiro passo a ser dado, é trazer a tecnologia, infraestrutura de qualidade e o incentivo e acesso à leitura a todos os estudantes. Ademais, é preciso que a população e os educadores tenham ciência da importância da educação básica e comecem a participar e lutar pelo apoio do governo em projetos. Essas manifestações poderão trazer a diminuição da desigualdade social, e até mesmo, inovar e sanar as necessidades de aprendizagem de cada aluno que vive a realidade da educação contemporânea do país.