Frente às constantes insatisfações referentes à qualidade da educação em território nacional, o governo federal lançou um novo mote, “Brasil: Pátria educadora”, que resume o comprometimento do estado em avançar nas políticas públicas que regulam essa área. No entanto, historicamente o Brasil foi marcado por gestões incapazes de gerar impactos positivos na educação e o que se vê é a degradação do ensino no país. Longe de ser uma novidade, a prioridade com que se reservam recursos e esforços à melhoria da educação revela um país em contradição entre o discurso e a prática. A ineficiência administrativa é, atualmente, uma das principais causas do declínio do ensino público. Ao incumbir os estados e municípios da responsabilidade de cerca de 80% dos recursos transferidos às escolas, o governo federal ignora suas capacidades financeiras. Mais da metade dos tributos vão para a União e apenas uma fração mínima retorna aos municípios. Dessa forma, professores são desvalorizados, a infraestrutura se sucateia e os alunos ficam ainda mais desestimulados a estudar. Ademais, os atuais valores perpetuados entre os jovens através dos meios de comunicação e redes sociais não favorece o seu desenvolvimento mental. A “geração da ostentação”, pautada na supervalorização dos bens matérias e da sexualidade, não tem interesse nas atividades escolares, tampouco entende a importância do conhecimento na emancipação intelectual do cidadão. Indo além da rebeldia típica da idade, essa aculturação é prejudicial ao país, pois gera indivíduos descompromissados com o seu desenvolvimento e que no futuro, ao exercerem cargos de destaque na nação, não contribuirão em nada para a superação de tal realidade. Portanto, o estado, como a maior instituição responsável pelo desenvolvimento da nação, deve dar o pontapé inicial para a quebra do ciclo de aculturação impregnado na sociedade brasileira. Isso deve ser feito a partir do estimulo à educação dos jovens, mediante a rigidez do sistema escolar no sentido de exigir um bom desempenho de seus alunos. Somente assim, através do desenvolvimento intelectual, o novo mote saíra da utopia propagandista de seus governantes e ganhará vida no cotidiano de seus cidadãos.