Desde sua descoberta, nosso país é observado, pelos estrangeiros, com interesse. Este, por sua vez, diferencia-se em relação à classe social e o objetivo de quem parte. Somos ambicionados por causa de uma imagem idealizada, construída, a priori, a partir de estereótipos. Os estrangeiros, munidos de discursos antiquados sobre um Brasil lindo e seguro, são aceitos a se instalarem. A questão é: essa segurança é uma mentira. Empregos e empresários têm boas relações, hoje, que são frágeis. Projetos direitistas envolvendo perda de direitos do proletariado ainda são discutidos. Além disso, há a repercussão internacional da chegada desses imigrantes: não estamos preparados para a vinda de outros. Se nossa mão de obra está ameaçada, quanto mais a dos imigrantes! Além dos que necessitam imigrar, há os que querem, são os mais danosos. Ver o Brasil, um país peculiar, em essência, como um dos mais desejados para morada não é saudável. Isso ratifica tendência de enxerga-lo enquanto um ambiente exótico, apenas. Essa percepção advém de estereótipos não extintos pelo Estado ou sociedade, como a personagem Zé Carioca, em Pica Pau. A vinda dos imigrantes, sim, deve ser realizada (trará-nos capital), porém com cautela.O problema não é a imigração, e sim, a qualidade dela. O governo deve investir na educação dos imigrantes, divulgando a imagem de um país bonito, porém, com relações trabalhistas conflituosas. Também não podemos ser influenciados pelos discursos idealizadores do passado. Precisamos de imigrantes conscientes.