Não é de hoje que o Brasil é alvo de imigrantes. Durante o século XX, nosso país foi destino de diversas nacionalidades graças à ilusória oferta perfeita de trabalho que foi demasiadamente divulgada. Nas últimas décadas não tem sido diferente. Apesar da má distribuição de renda, da violência e de outros problemas sociais, o território brasileiro continua atraindo estrangeiros. No século passado, quando o cultivo do café durante a República Velha era uma das principais atividades econômicas no Brasil, a lavoura atraiu um enorme contigente de pessoas que almejavam melhores expectativas de vida. Entretanto, foram poucos os casos em que isso realmente ocorreu. O trabalho escravo, além de péssimas condições de trabalho foram o que esses imigrantes encontraram. De forma analóga, hoje isso ainda acontece. Não é difícil vermos nos noticiários imigrantes encontrados sem documentos e em péssimas condições físicas e mentais trabalhando exaustivamente, na maioria das vezes para não ganhar nada. Apesar dos fatores negativos, nosso país não deixa de receber gente que enxerga o Brasil como "o lugar dos sonhos". As muitas opções de emprego, mesmo que mal renumerados, o grande território, a "fácil" adaptação e outras facilidades são alguns dos motivos que atraem tantas pessoas. A demanda é tanta, que muitos tentam entrar ilegalmente, como aconteceu em 2012, quando haitianos tentaram imigrar pelo Acre. A entrada de novas pessoas é uma problemática que envolve não só os entrangeiros, mas também os brasileiros. A disputa no mercado de trabalho é uma do principais motivos de preocupação. Muitas vezes ocorre de brasileiros perderem vaga de trabalho com carteira assinada para imigrantes que aceitam trabalhar sem ela. A partir daí nasce a xenofobia, o preconceiro e a desigualdade social. Portanto, são necessárias medidas urgentes que visem resolver essa problemática, tendo em vista o direito de todos. O Brasil pode e deve receber estrangeiros, mas deve existir uma fiscalização e regulamentação para isso, atráves de mais ofertas formais de emprego e mais educação técnica profissionalizante para quem chega ao país e ainda não a possui. Além disso, é imprescendível uma boa convivência e integração entre quem chega e quem já vive por aqui, sem preconceito ou qualquer forma de discriminação.