O fenômeno migratório esteve sempre presente na via humana, marcando períodos importantes na história de muitas nações. No Brasil, o século XIX e início do século XX foram particularmente importantes na caracterização do Brasil como país de acolhimento com a chegada de imigrantes europeus e japoneses para trabalharem na agricultura. Antes de tudo, é preciso perceber que mesmo com todas as mazelas no âmbito social em que os brasileiros se encontram, a economia do país teve um grande crescimento na última década. E isso faz com que muitos brasileiros que viviam em outros países voltassem à sua terra natal, e até estrangeiros começaram a olhar o Brasil de uma forma diferente, sem os estereótipos a que lhe era atribuído. Além disso, a grande imigração de pessoas ao Brasil também pode ser atribuída à cultura desse país e pelos seus cidadãos que são conhecidos mundialmente por serem um povo feliz e hospitaleiro. Porém, o Brasil pode não estar preparado para receber um grande contingente de pessoas já que a sua população na grande maioria não tem o necessário para uma vida digna. Em um panorama como esse, repleto de adversidades, parece difícil imaginar soluções definitivas, porém é fundamental agir para reduzir seus efeitos. De fato, a vinda de imigrantes para ocupar vagas de trabalho que não são ocupadas por brasileiros - como os médicos cubanos do programa mais médico - se faz necessário diante do caráter de urgência, porém, a melhora não deve se reduzir a paliativos. Nesse contexto, o trabalho do governo pode ser complementado por ONGs e por ações informativas feito pelas mídias. Torna-se evidente, portanto, que a vinda de imigrantes ao Brasil exige medidas concretas, e não somente um belo discurso, para que esse imigrante possa ser inserido na sociedade de uma forma digna. Nesse sentido, o caminho parece ser uma difícil - mas não utópica - revisão de valores, possível a partir de pequenas mudanças na educação.