É inegável que o hábito da leitura é importante para o desenvolvimento de habilidades e de senso crítico das pessoas. No Brasil, a questão da leitura apresenta duas realidades controversas: de um lado, há um grande público jovem atraído pela literatura de massa (os best-sellers); por outro lado, o que se observa de uma outra parcela da população é o desinteresse pela prática de ler. A literatura de romance, voltada para um público de faixa etária, geralmente, entre 12 e 24 anos, é responsável por capturar a atenção de milhões de jovens no Brasil. A adaptação de obras literárias para o cinema, como a saga Crepúsculo, da autora Stephenie Meyer, é capaz de transformar telespectadores em ávidos leitores. Ao se interessar por uma coletânea de livros, o público busca outras obras com temas semelhantes, e torna-se consumidor assíduo desse tipo de obra literária. Se, por um lado, a literatura de massa incentiva a leitura, por outro lado, uma parcela considerável da população brasileira não tem o costume de ler livros. Muitos dos que são atraídos pelas adaptações cinematográficas não se interessam pela leitura. E, além do gênero juvenil, as obras clássicas brasileiras também não estão entre os principais interesses da maioria das pessoas. A atração pela mídia televisiva (novelas, séries, filmes) é muito maior. Em vista das questões apresentadas, é importante criar mecanismos de incentivo à leitura que atinjam de forma efetiva esse público desinteressado. Os canais de televisão aberta devem criar programas que mostram o prazer da atividade lúdica da leitura. As escolas podem promover atividades que associem os livros com peças de teatros e música, para despertar o entusiasmo dos alunos.