No século XIX, a implantação da editora imprensa régia no Brasil consolidou a leitura e a compra de jornais pelo povo. Nesse contexto, a atual luta contra a desvalorização da leitura no Brasil enfrenta barreias, seja pela falta de incentivo governamental, seja pelo desinteresse social. A princípio, a carência de políticas de acesso e incentivo a leitura corroboram o impasse. Visto que, segundo o portal “ G1 ”, cerca de 44% da população brasileira não lê e 30% nunca comprou um livro. Desse modo, o desapreço que é dado a leitura acaba intensificando-se quando uma pequena parcela se interessa a ler mas não tem condições econômicas para adquirir o livro. Outrossim, a imposição da leitura apenas como atividade de estudo dificulta seu interesse. Ademais, a educação oralizada existente na sociedade, robotiza crianças e adolescentes a dialogar mais e ler e escrever menos, prejudicando seu aprendizado e sua vivência com a norma culta. Destarte, a indiferença dos brasileiros pela leitura fortalece as palavras do escritor Mário Quintana, que diz: “ Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não leem ”. Torna-se evidente, portanto, que o desapreço com a leitura no Brasil precisa acabar. Para tanto, em parceria da iniciativa privada, o Ministério da Cultura deve criar um cartão leitura para todos os estados, assim editoras privadas selecionaram lotes de livros e os baratearam e pessoas deveram se cadastrar e comprovar renda mensal para obterem o benefício. Além disso, o MEC deve promover nas escolas aulas ao ar livre onde bibliotecas serão montadas nas quadras com o suporte de material de áudio e som, como forma de incentivo para os alunos poderem falar de seus livros e formarem sarais com o intuito de divulgarem o projeto e incentivarem os demais alunos a participarem da leitura ao ar livre.