Título da redação:

Ler liberta!

Tema de redação: Atual cenário da leitura no Brasil: realidade favorável ou falta incentivo?

Redação enviada em 07/10/2015

Diante de um mundo tão desigual e elitista, onde poucos têm condições de crescer financeiramente e socialmente e muitos vivem sob um julgo marginalizado, a leitura é a principal forma de adquirir o conhecimento e consequentemente a liberdade diante de uma cultura de pobreza e falta de oportunidades a qual boa parte da população está subordinada no Brasil. Contudo, o acesso a livros e o hábito da leitura é uma realidade bastante distante da brasileira. Com isso, há de ser fazer uma pergunta: a que se deve a precariedade atual da leitura no país? Em primeiro lugar está a desigualdade característica do Brasil ao longo de sua história. Isso fica claro com a prática do escravismo e de latifúndios durante a colonização, o que gerou as comunidades marginalizadas e pobres da contemporaneidade. Portanto, diante desse contexto, é evidente que o preconceito social, cultural e racial histórico fatalmente é o que determina quem terá acesso aos livros e consequentemente à leitura no país. Tal fato mostra que os problemas educacionais brasileiros, sobretudo do não hábito de ler, dificilmente encontrarão soluções diante de tão grande disparidade entre a sociedade. Em segundo lugar está a má qualidade da educação no Brasil, em especial no Nordeste, onde a taxa de analfabetismo é a maior entre as regiões. O governo não investe de forma eficiente na alfabetização dos alunos, principalmente na não capacitação e contatação de professores. Com isso, a realidade triste do não hábito de ler dificilmente será superada. Somado a não qualidade do ensino público está a falta de investimento para compra de livros para as escolas, fato mostrado constantemente pela mídia. Ambos os problemas mostram a triste realidade diante da leitura entre os alunos que frequentam as instituições, desenvolvendo o analfabetismo funcional, e entre aqueles que não têm acesso ao ensino não conseguindo sequer reconhecer as letras. Diante dos fatos, portanto, é imprescindível que a sociedade supere a histórica desigualdade social e consequentemente o não acesso à leitura por boa parte da população, isso pode ser feito criando bibliotecas através de ONG'S em localidades onde o índice de pobreza e marginalização é maior. E as prefeituras, principalmente, devem investir mais no ensino público, sobretudo o fundamental, capacitando e contratando professores para desenvolver a leitura com os alunos e equipando as escolas com mais livros. Com isso, o hábito de ler dos brasileiros será maior, o que proporcionará a liberdade diante da "ignorância" imposta pelas disparidades e falta de investimentos.