Um hábito antigo, mas que está sendo gradativamente perdido, a leitura é cada vez menos frequente no cotidiano do brasileiro. Apesar das recentes melhorias no sistema educacional do país e da redução da taxa de analfabetismo, ainda não há suporte e incentivo eficaz para a população desenvolver essa prática. Logo, as novas gerações crescem em meio a um cenário desestimulante e perpetuam essa triste realidade. Segundo dados divulgados pela Federação do Comércio do Rio de Janeiro, 70% dos brasileiros não leram ao menos um livro no ano de 2014. Isso indica que a maioria da população brasileira só utiliza a língua portuguesa para necessidades do cotidiano, como trabalho, comunicação oral e leituras curtas. As facilidades encontradas no dia a dia e a carência de locais adequados para ler, como bibliotecas, contribuem para o desinteresse contínuo do indivíduo. Por outro lado, vemos que o ensino básico ainda é precário. Jovens que moram em lugares menos favorecidos têm suas dificuldades potencializadas ao tentarem vencer a barreira do aprendizado e compreender de forma clara a gramática portuguesa. Em visto disso, muitos deles desistem de explorar os benefícios da leitura e acabam deixando-a de lado pelo resto de suas vidas. É notável, portanto, que o atual cenário da leitura no Brasil é resultado não só dos recentes avanços modernos, que facilitam a vida das pessoas, mas também da falta de recursos e incentivo ao indivíduo na fase adulta. Assim, para que a essa situação seja revertida, é necessário que o Governo direcione mais recursos para a construção de bibliotecas públicas e invista no ensino básico das escolas, para que o indivíduo em desenvolvimento tenha um sólido alicerce educacional. Ademais, promover campanhas que visem a conscientização das pessoas sobre os benefícios da leitura é uma maneira de incentivá-las e, consequentemente, amenizar o quadro do país nesse segmento .