No limiar do século XXI, a sociedade contemporânea brasileira vive a incognoscibilidade do hábito de leitura. Seguindo essa perspectiva, apesar dos avanços educacionais no país, há o paradoxo da falta de incentivo em uma realidade que está melhorando. Nesse sentido, os desafios por conquistas persistem. De uma leitura elitizada às facilidades e democratização atual, a internet teve papel fundamental na despadronização do público alvo nesse contexto. Isso é justificado no surgimento dos “e-books”, livros virtuais adquiridos, quando não gratuitos, por preços acessíveis e no desenvolvimento dos hipertextos, que são leituras dinâmicas em que o leitor adequa os assuntos a serem lidos de acordo com seus interesses. Ou seja, uma realidade de oportunidades e acessibilidade se amplia para a facilitação no dia a dia da sociedade. Em contrapartida, o Brasil traz consigo um histórico negativo que é refletido na condição atual, a alfabetização foi uma evolução recente. Se o aprender a ler foi tardio e por uma necessidade de maior interação social e civil, como o entender das leis, não menos exato é dizer que a nação auriverde carece -ainda- de mais incentivos, de aculturar-se a leitura como algo prazeroso e de absorção de conhecimento. Com esta realidade, tem-se a superficialização do saber. Nesse sentido, aproximar o livro e o indivíduo faz-se imperativo. Para isso, são condições “sine qua non” que escolas, já no início da alfabetização, deleguem a leitura semanalmente como dever, pois esse precoce contato com os registros não envolve apenas as crianças, mas, também, a ajuda que os familiares darão aos filhos, a fim de incentivá-los; além disso, a criação de aplicativos celulares, por leitores com prática mais intensa, que possibilite convites virtuais a amigos, funcionará como um meio de relatar suas leituras, o assunto tratado pelo livro e a opinião sobre a obra, o que resultará em grandes correntes. Assim, a pátria educadora será reconhecida como leitora.