A prática da leitura no cotidiano do brasileiro é, sem dúvida, um dos maiores desafios sociais enfrentados pelo país no século XXI. Observam-se na realidade nacional que poucos são os meios que incentivam os jovens a desenvolverem esse hábito, principalmente com a precária estrutura educacional pública existente. Tal fato também é agravado com a indústria cinematográfica sofisticada e com as novas comunicações que invadem o cenário global. Assim, diversos são os motivos que constroem uma distância abismal entre os jovens e a leitura e, portanto, urge a necessidade de um olhar holístico da sociedade brasileira diante dessa situação. O Brasil é um dos países mais ricos culturalmente devido ao seu processo histórico de miscigenação. Na literatura, diversos são os nomes que se destacaram internacionalmente, como Machado de Assis e Guimarães Rosa. Entretanto, será que os brasileiros valorizam o seu próprio repertório cultural? De acordo com uma matéria publicada pela revista Veja, aproximadamente 60% dos jovens preferem livros estrangeiros e, uma grande parte deles, leem menos de três livros ao ano. Nesse aspecto, é importante ressaltar a importância da leitura que desenvolve a capacidade do raciocínio e o senso crítico. Assim, falta no país um incentivo ao hábito da leitura, principalmente a escrita nacional. Outro problema notório no hábito da literatura tem relação direta com o desenvolvimento da tecnologia. Os cinemas, as maquinas e a Era Digital se tornaram extremamente fascinante para o homem moderno e, assim, o afastamento de práticas como a leitura, considerada até démodé por alguns, parece inevitável. Não é preciso olhar muito distante para perceber o quanto o homem está subordinado às novas invenções, revelando que as novas tecnologias parecem se desenvolver muito mais rápido do que a capacidade humana de lidar com elas. Assim, cada vez mais é preciso instigar os homens as práticas da leitura, revelando não apenas os benefícios, mas demonstrando a importância social que os livros trazem. Em suma, nota-se que a própria realidade humana parece propiciar o distanciamento da relação homem e leitura. Para amenizar a realidade, a distribuição de livros em instituições carentes, junto com propagandas que estimulem a leitura, podem trazer mudanças significativas. Através das escolas e com uma educação de qualidade, pode-se também incentivar a literatura nacional e a sua valorização e, assim, a leitura poderá ser valorizada com esses passos de uma longa jornada brasileira.