Título da redação:

Analfabetismo “leitoral”: Nosso legado cultural

Tema de redação: Atual cenário da leitura no Brasil: realidade favorável ou falta incentivo?

Redação enviada em 02/10/2015

Apesar da democratização ao acesso de informação com a tecnologia, o brasileiro possui ainda dados assustadores sobre o hábito de leitura. Segundo o SARESP quase a metade dos jovens paulistas que se formam no ensino básico, tem problemas para a interpretação de textos. Tal realidade se deve a um péssimo hábito como legado cultural tanto governamental, como familiar. Acreditava- se que com a globalização da internet, iria- se melhorar o hábito de leitura do brasileiro, porém ao analisar os dados do estado com um dos melhores índices em educação do país, mostra que 47 % dos jovens brasileiros que terminam o terceiro ano do ensino médio das escolas públicas, apresentam dificuldades de leitura e interpretação de textos, segundo o SARESP de 2013. Ademais, a pesquisa revela que esses jovens em geral terminam o ciclo escolar, com menos de 5 livros lidos por completo, como bagagem. Essa triste realidade é devida há uma herança cultural de péssimos ou a falta de investimentos em hábitos de leitura no ambiente escolar. Também outro fator que auxilia para esses índices é a falta de cobrança e o hábito familiar pela leitura, tanto escolar como por hobby. É fato que a família brasileira em geral nunca teve o habito por leitura por vários motivos, sendo um dos principais o alto custo para a aquisição do mesmo. Recentemente o Supremo Tribunal Federal está tentando derrubar a lei dos direitos autorais, uma batalha que ainda está no início, porém é o primeiro passo para tentar reparar um dano histórico para o brasileiro, resultando em menores custos de aquisição e maior acessibilidade a informação. Segundo o especialista Paulo Freire, para se desenvolver a habilidade de leitura e da escrita em um ser humano, tem que vir do tripé que forma educação em sua teoria: “Família, Estado, Escola”. A família contribui na fiscalização e no incentivo ao hábito dessas habilidades, o Estado com as infraestruturas e leis, a escola com o desenvolvimento e aprimoramento de técnicas para a prática de tais hábitos. Portanto atitudes como essas (do Supremo) entre outras, é o início para se mudar esse péssimo legado cultural.