De acordo com estudos de especialistas na área, a sociedade em grande parte não possui o hábito de ler um livro. No entanto, a literatura brasileira vai de encontro com os avanços tecnológicos e infiltra os aparelhos digitais, que são indispensáveis no mundo moderno. Nesse contexto, a atual sociedade torna a leitura cada vez mais banalizada, e com base nisso, é necessário uma cautelosa discussão a fim de favorecer o atual panorama da leitura brasileira. Em primeiro plano, deve se notar que o contexto brasileiro contemporâneo é baseado na lógica capitalista de busca por lucros. Esse comportamento ganancioso de empresas privadas gera o distanciamento do individuo da nova era digital, que, dispensando folhas de papeis, busca em tabletes e smartphones artigos e livros, que se digitalizaram e encontraram um novo meio mais moderno e ágil de se compactarem. Do mesmo modo, as escolas e instituições de ensino devem promover a prática da leitura, para que seja possível desenvolver o senso crítico e o conhecimento de mundo do cidadão. Não apenas focar no conteúdo escolar, essas devem expandir a área do conhecimento, explorando literaturas variadas e gêneros diferentes, pois, como propôs o educador Paulo Freire, a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, a sociedade tampouco muda. Fica evidente, portanto, que a falta de incentivo à leitura prejudica a relação do cidadão com o mundo. Nesse sentido, é necessária uma maior atuação do governo, incentivando o hábito da leitura, organizando mais eventos como na Bienal do livro, mais vezes, com preço acessível. Além disso, a família junto com a escola deve atuar em conjunto com palestras sobre ética e importância da leitura na sociedade. Quem sabe assim, transformaremos a sociedade como propôs Paulo Freire.