O processo de alfabetização tardio e a cultura da oralidade brasileira resultaram nos baixos números de leitores no país. Esse fato somado à imposição da leitura nas escolas, a desestruturação das bibliotecas públicas e aos preços elevados dos livros; mostra que o atual cenário da leitura é insatisfatório. A ausência da leitura pode trazer consequências significativas para o campo cognitivo e social. Isso ocorre porque ler facilita a escrita, aumenta o repertório e desenvolve o poder crítico. Todavia, exigir dos jovens a leitura de livros e assuntos específicos, de forma inflexível, induz ao seu desinteresse. No ano de 2010, foi promulgada uma lei que estabelece que todas as instituições de ensino, públicas ou privadas, deverão conter bibliotecas até 2020. No entanto, a infraestrutura dessa instituição ainda é insuficiente, a disponibilidade de livros e o incentivo à frequentá-la são limitados. Os livros com alta popularidade, os Best-Sellers, não se encontram em bibliotecas, desse modo, precisam ser comprados ou adquiridos de forma digital, como os e-books. Contudo, os altos preços desses livros, dificultam o seu usufruto, restringindo-o à uma pequena parcela da população. É evidente, dessarte, que o desinteresse pela prática de leitura é resultado da falta de incentivo. Sendo assim, é necessário que a família e as escolas transformem a leitura em uma prática prazerosa e espontânea, disponibilizando materiais de diversos gêneros. É imprescindível também que o governo promova uma estruturação das bibliotecas e a capacitação dos funcionários, além de diminuir os impostos sobre os livros eletrônicos.