Grande parte da história da literatura brasileira foi destinada à elite. Devido a sua linguagem complexa, ao preço dos livros e a segregação social, a leitura foi, por muito tempo, um lazer para poucos. Hoje, entretanto, mesmo sendo facilitada pelo uso da tecnologia, ainda é um hábito escasso no país. Portanto, o estimulo a tal prática torna-se de extrema importância para o desenvolvimento social e econômico. A priori, a partir da leitura é possível desenvolver um melhor senso crítico, facilidade para comunicação, adquirir conhecimento e aprimorar a criatividade. No entanto, esses benefícios não são tão valorizados numa sociedade que prefere a televisão e as redes sociais ao ler livros. A comprovação disso está na pesquisa publicada pela Federação do Comércio do Rio de Janeiro, a qual afirma que 70% dos brasileiros não leram pelo menos um livro no ano de 2014. É importante salientar também que, além do contexto histórico, a causa para a falta de interesse pela leitura está na ausência de incentivo Estatal, levando em consideração a precariedade no número de bibliotecas, as quais são desigualmente distribuídas ao longo do território nacional. E a carência de estimulo por parte dos pais, optando, muitas vezes, presentear a criança com brinquedos e Smartphones, por exemplo, ao invés de livros. À vista disso, da mesma forma que existe a meia entrada no cinema para estudantes, o Governo deve criar um cartão para subsidiá-los na compra de livros. O Estado tem a obrigação de tornar as bibliotecas públicas acessíveis a todos e , ademais, investir na confortabilidade delas. Por fim, a mídia junto à iniciativa privada pode criar mecanismos para conscientizar os pais e estimulá-los a incrementar, no âmbito familiar, o hábito de ler.