No limiar do século XXI, a tecnologia é fortemente pautada como uma ferramenta para aprimorar a educação brasileira. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: o intercâmbio cultural, educacional e de opiniões proporcionado pela internet e a ineficiência do atual sistema de ensino, deixando clara a necessidade de um modelo mais moderno e eficaz. Com efeito, ao longo das últimas décadas, o mundo assistiu a um encurtamento das distâncias, ao maior contato entre culturas diferentes e à difusão de notícias e descobertas em escala global e em tempo real, fenômeno denominado globalização. Nesse sentido, não há mais espaço para estudantes alienados e desinformados e, por isso, o acesso a internet tornou-se indispensável para a educação. Dessa forma, por meio do incremento da tecnologia no meio educacional, os alunos passarão a conhecer visões diferentes, aprimorando seu conhecimento de mundo e tornando-se mais sábios já que, como defendeu o educador Paulo Freire, a discussão e a troca de opiniões é de extrema importância para a construção do saber. Além disso, há de se considerar o péssimo sistema de ensino brasileiro, que não promove um real aprendizado aos que nele se inserem. Verifica-se esse fato por meio de pesquisas que apontam a qualidade da educação brasileira semelhante a de países extremamente subdesenvolvidos da África. Também comprova-se essa falta de qualidade de ensino por meio do alto número de analfabetos e analfabetos funcionais no país, superior a 50% da população. Assim, ficou nítida a necessidade de reformar a educação do país, beneficiando-se pelo uso da tecnologia, pois cerca de 70% dos próprios alunos de escolas públicas brasileiras dizem aprender mais quando os professores utilizam desse recurso em sala de aula. Urge, portanto, que o Ministério da Educação reforme o sistema educacional brasileiro para torná-lo mais eficiente. Essa reforma deve ser feita implementando uma série de recursos tecnológicos nas escolas públicas, como computadores e tablets para os alunos e quadros digitais para o uso coletivo. Além disso, investimentos na sala de aula invertida pensada pelo pesquisador Jonathan Bergmann e na capacitação de professores para lidarem com essa nova forma de ensino, por parte do governo, também fazem-se necessários. Dentro desse contexto, portando, o modelo de sala de aula invertida mencionado anteriormente funcionaria com conteúdos extras e vídeos para estudar em casa e com discussões e aprendizado ativos em sala de aula. Dessa forma, o processamento de informações pelos estudantes, e consequentemente, o ensino no Brasil serão mais efetivos.