"Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo". A frase do educador e filósofo brasileiro, Paulo Freire, demonstra a importância da educação como agente de desenvolvimento social. Todavia, atualmente, grande parte das instituições de ensino não garantem tal crescimento proposto pelo autor, fazendo-se necessárias medidas que alterem a obsolência do ensino no Brasil. Nesse sentido, o uso da tecnologia em sala de aula, com o acompanhamento do professor, é fundamental para resgatar a atração pela aprendizagem no aluno, além de possibilitar melhor compreensão para o mesmo. Em primeiro lugar, é importante ratificar que a inserção de equipamentos tecnológicos nas instituições de ensino do Brasil tende a tornar dinâmico o ambiente escolar, propiciando maior qualificação do aluno para além da escola, como o mercado de trabalho. As constantes inovações do meio técnico-científico-informacional, atreladas ao modo de produção toyotista, exigem do trabalhador grande domínio do uso da tecnologia, além de competências socioemocionais que caracterizam o aluno do século XXI. Sendo assim, é fundamental a aplicação de tais inovações no processo de aprendizagem dos estudantes,que garantirá, também, maior interatividade e evolução da pedagogia. Em segunda análise, entretanto, é preciso verificar que a inclusão de ferramentas eletrônicas no modelo de ensino exige especialização e suporte tanto do educador como da instituição que a receberá, o que não é uma característica das escolas de ensino público do Brasil. Segundo Pierre Lévy, filósofo e sociólogo que estuda os impactos da Internet nas relações humanas, "toda nova tecnologia cria seus excluídos"; desse modo, observa-se que a incrementação do uso dessas ferramentas na educação brasileira pode não estar presente e acessível para muitos alunos, especialmente os de comunidades mais pobres, o que agravaria ainda mais a segregação que estes sofrem para a conquista de vagas em universidades, por exemplo. Fica claro, portanto, que a utilização de recursos tecnológicos como método de aprimoração do ensino é essencial, o que, contudo, ainda exige infraestruturas adequadas, as quais não estão presentes na maioria das escolas brasileiras. Nesse sentido, é fundamental a participação do Estado, especialmente do Ministério da Educação, na construção de meios que possibilitem tal utilização, através de obras e maiores investimentos. Ademais, é necessário a disponibilização de cursos de capacitação para os pedagogos, visto que muitos ainda não detêm conhecimento nessa área. Além disso, as escolas que não possuírem aparelhagem para a instalação do uso tecnológico devem garantir palestras e eventos estudantis, visando à constância da interatividade entre aluno-professor e do rendimento escolar. Desse modo, espera-se que o conceito de educação, outrora proposto por Paulo Freire, faça-se presente na atual sociedade brasileira.