Segundo o ativista norte-americano, Martin Luther King, todo progresso é precário, e a solução para um problema coloca-se diante de outros impasses. Dessa forma, é razoável associarmos tal afirmativa ao uso de aparatos tecnológicos na educação. Se por um lado, os usos das redes virtuais nos convívios humanos se intensificaram, por outro, esses recursos da tecnologia são negligenciados e subaproveitados no ensino brasileiro. Nesse sentido, convém analisarmos as principais causas e consequências para esse fenômeno. Em primeiro plano, é necessário destacar a importância da função social que a tecnologia exerce aos estudantes. Sob uma perspectiva histórica, observa-se que, no Brasil, o analfabetismo, a princípio, foi reflexo das desigualdades oriundas do período colonial. No entanto, com a Revolução Técnico-científico-informacional ocorrida na segunda metade do século XX, o acesso aos meios de comunicação integrou as famílias de renda mais baixas, de modo a permitir a diminuição de distâncias e custos, e com isso possibilitou-se uma maior democratização do ensino. Entretanto, observa-se, mesmo com o avanço tecnológico, os benefícios do mundo digital não sendo utilizados na prática. Desse modo, os profissionais da educação, com receio de os alunos se distraírem, acabam por não se interessarem pelos proveitos e proibirem o uso de aparelhos celulares, dessarte, essa medida retira as possibilidades que tornariam o estudo mais produtivo. Com essa postura, o pleno desenvolvimento do aluno é prejudicado, e isso demonstra um grave problema a ser desconstruído. Urge, portanto, medida eficientes para o resguardo do direito de desenvolvimento da sociedade a partir de mecanismos democráticos. Logo, as instituições de ensino devem oferecer cursos de especialização para professores, de maneira que eles eles possam integrar a informática,de forma dinâmica e eficiente, no processo pedagógico, a fim de os alunos serem capazes de entender, de forma mais abrangente, os mecanismos e funcionalidades de teorias e conceitos apresentados em aula. Sendo assim, o Brasil poderá apresentar uma sociedade mais eficiente conectada às redes, e consequentemente capazes de construir uma nação cada vez mais desenvolvida