O início do século XXI foi marcado pela Revolução Tecnológica com a popularização da internet. Esse fenômeno é responsável, atualmente, pela formação de uma juventude e uma infância intensamente conectadas ao espaço virtual, dado o uso constante dos aparelhos eletrônicos. Nesse sentido, o debate acerca das tecnologias nas salas de aula do Brasil ganha destaque, envolvendo fatores de ordem educacional, bem como social. É importante pontuar, de início, a participação das tecnologias nas escolas como positivas ao processo de aprendizagem. À guisa do pensamento de Paulo Freire, a educação deve envolver a realidade dos alunos para que estes possam se tornar ativos na busca do conhecimento. Nesse contexto, o dia a dias de uma boa parcela dos jovens é marcado pelo uso dos aparelhos tecnológicos, sendo importante a adaptação desses meios paras as salas de aula, buscando um melhor aprendizado dos estudantes. Esse fator é ratificado por pesquisas de 2016 do portal TIC Educação, que mostraram que quase 70% dos alunos preferem as aulas em que o professor usa a internet, por facilitar a aprendizagem e tornar as aulas mais interativas. Outrossim, tem-se o papel das escolas na integração dos indivíduos em um mundo cada vez mais digitalizado. Conforme o sociólogo Max Weber, as instituições escolares são fundamentais para um bom desenvolvimento dos cidadãos em sociedade. Nesse sentido, a falta de um preparo aos alunos das novas tecnologias torna-se um problema pelas cobranças do mundo moderno no uso desses aparelhos. As escolas, assim, deveriam ser as grandes promotoras da inclusão digital no Brasil, consolidando o uso consciente e satisfatório das plataformas digitais. É notória, portanto, a relevância de fatores educacionais e sociais na temática supracitada. Nesse viés, cabe ao Ministério da Educação, em consonância com as escolas do país, garantir a participação das novas tecnologias no processo de aprendizagem. A ideia da media é, a partir da disponibilização de aparelhos tecnológicos nas salas de aula, além da realização de aulas integradas a esses meios, consolidar uma educação mais ampla e adaptada ao mundo moderno. Ademais, as ONGs da área devem promover campanhas acerca do uso adequado das mais diversas plataformas virtuais. Essa intervenção deve contar com palestras e debates nas ruas e no espaço estudantil a fim de construir uma população plenamente incluída nas demandas da contemporaneidade.