A tecnologia vem transformando o modo de vida do ser humano há milênios. Desde o início, as inúmeras contribuições científicas possibilitaram ao homem desenvolver desde a agricultura até as missões espaciais, culminando no rápido desenvolvimento da sociedade moderna. Particularmente, a inserção das ferramentas tecnológicas no âmbito educacional permitiu significativos avanços no aperfeiçoamento do papel do professor como mediador do conhecimento, ao mesmo tempo que possibilitou aos alunos uma participação ativa no processo de aprendizagem. Sendo assim, no Brasil, país também reconhecido pela criatividade de seu povo, a utilização de tecnologia no sistema educacional significa um avanço importante rumo ao desenvolvimento da nação. Nesse cenário, foi-se o tempo em que as aulas no Brasil se resumiam a um amontoado de carteiras entre quatro paredes, um quadro negro, um punhado de giz, alguns alunos passivos e um professor com domínio exclusivo da palavra. Nos dias de hoje, o panorama é outro: vive-se a geração da computação, da internet e dos smartphones, fato que torna obrigatória a inclusão dessas ferramentas no desenvolvimento das aulas. Além do mais, devido à grande demanda de informações por parte dos alunos, o uso de recursos tecnológicos nas escolas não só serve para reter a atenção dos alunos durante as aulas, mas também para integrar o ensino à rotina deles, tornando-o, assim, mais dinâmico e acessível. Segundo Carlos Seabra, consultor em assuntos relacionados à aplicação de tecnologia no ensino, a utilização da informática no âmbito educacional é capaz de transformar a troca de conhecimentos entre docentes e alunos, tornando o processo educacional ainda mais estimulante para todos os envolvidos. Seguindo essa linha de raciocínio - e associando a ela um dos conceitos do eminente psicólogo bielorrusso Vygotsky, a possibilidade de explorar o conhecimento é uma das formas mais eficazes de aprendizado para uma criança, devendo ser, portanto, estimulada ao máximo pelos educadores. Por essa razão, o uso da tecnologia, se bem conduzido, torna-se um agente facilitador da aprendizagem, despertando tanto no professor quanto nos alunos um maior interesse pela rotina de aulas. De acordo com dados publicados pela Gazeta do Povo em novembro de 2017, mais de 75% dos alunos de escolas públicas e privadas do Paraná gostaram mais das aulas quando seus professores acessaram a internet em sala. Os mesmos discentes assumiram ter aprendido mais quando os mestres fizeram uso de equipamentos eletrônicos durante as explicações, fato que consolida o papel da tecnologia educacional como método eficaz de ensino. Sob essa perspectiva, os ganhos decorrentes da inserção da tecnologia no sistema educacional brasileiro abrangem, mas não se limitam, ao compartilhamento online de conteúdos abordados em sala de aula, a rapidez de atualização dos temas e a interatividade remota entre aprendizes, mestres e instituições, fortalecendo e melhorando a qualidade do ensino no país. Assim sendo, para a conquista da melhoria da qualidade educacional no Brasil, em especial na esfera pública, as Secretarias Municipais de Educação deverão realizar um censo quantitativo e qualitativo acerca das instalações, dos equipamentos e das conexões à internet disponíveis nas escolas do município por meio do envio de peritos em tecnologia educacional para a realização de vistorias. Eles, por sua vez, deverão avaliar os dados obtidos e averiguar se tanto as estruturas físicas quanto os equipamentos existentes estão adequados à quantidade de alunos e aos propósitos educacionais de cada instituição. Por fim, os dados obtidos deverão ser encaminhados à Secretaria Estadual de Educação para que, mediante os fatos, recursos financeiros, equipamentos e educadores habilitados sejam encaminhados às instituições que apresentem deficiências tecnológicas e necessitem de adequações para um correto funcionamento.