A tecnologia digital, desenvolvida a partir do século XX, dinamizou a sociedade e hoje é amplamente aceita e utilizada. Os métodos de ensino escolásticos, por outro lado, existem desde a Idade Média e mostram-se defasados, levando constantemente à evasão escolar. Nesse contexto, o uso da tecnologia aplicada à educação é um fator positivo para o aprendizado, uma vez que adapta práticas milenares à nova realidade. Dessa maneira, cabe ao Governo priorizar a expansão dessa aliança, investindo em recursos tecnológicos e capacitação de professores. Segundo filósofo Immanuel Kant, uma época não pode impor à seguinte regras que não permitam expandir seus conhecimentos. Nesse sentido, a privação que os jovens sofrem, do uso de ferramentas digitais, ao chegarem na escola, faz com que muitos percam o interesse nas aulas. Isso ocorre porque eles convivem com uma dinamicidade tecnológica muito grande, e passam muito tempo do dia (se não todo ele) interessados nisso, usando ferramentas como smartphones, tablets e computadores. Assim, fica evidente que as atuais práticas públicas não condizem com o ideário de alargamento dos conhecimentos. Outrossim, a defesa de que uma cabeça bem feita vale mais do que uma cheia de ensinamentos sem uso prático, preconizada pelo filósofo Montesquieu, também aplica-se à questão. Isso porque tal concepção prioriza o conhecimento em detrimento das regras fixas que dificultam o aprendizado, típicas do atual sistema de ensino. De acordo com essa lógica, fica clara a importância da adaptação dos professores ao uso da tecnologia. Assim, a atualização do aspecto didático está diretamente ligada à atuação desses profissionais. Diante desses fatos, percebe-se que o uso de novos aparatos tecnológicos reestruturaria o sistema de educação brasileiro. Para realizar isso, o Poder Legislativo deve criar uma lei que obrigue instituições públicas e particulares a ministrar aulas com conteúdo digital, desde o ensino fundamental até o médio, garantindo verbas às primeiras para a compra de aparelhos digitais. Assim, haverá uma garantia de implantação desse novo método. Ao Ministério da Educação, cabe o papel de atuar na elucidação dos agentes escolares, promovendo o treinamento de professores, nas próprias escolas, para o uso correto dos novos meios de ensino. Dessa maneira, a praticidade presente em Montesquieu será posta à prova.