Os problemas educacionais no Brasil fazem parte de um contexto não isolado; o uso de metodologias mais atuais e, principalmente, da tecnologia contribuem para a diluição dessa realidade. Nesse sentido, o estímulo ao pensamento autônomo e a presença de barreiras socioeconômicas se fazem presentes na discussão acerca do uso da tecnologia na educação brasileira. Segundo Amartya Sen, filósofo e economista indiano, não há liberdade sem o pensar. Por conseguinte, a tecnologia pode ser manuseada como uma ferramenta de estímulo à pesquisa e ao conhecimento, tornando o aluno ativo em seu processo de aprendizagem e o tirando do status de simples espectador. Uma intrínseca ligação entre tecnologia, pensar e liberdade, então, pode ser estabelecida. Outrossim, é necessário ressaltar que devido a um monopólio não apenas tecnológico, mas capital, recursos mais dinâmicos e modernos ficam vetados às salas de aula particulares, tendo repercussão limitada na rede pública de ensino. A perversidade neoliberal, novamente, acentua as desigualdades sociais; no entanto, há medidas de enfrentamento que podem amenizar essa tendência à exclusão. Destarte, cabe ao Ministério da Educação incentivar o uso de tecnologias e da metodologia ativa de ensino, já em voga em países como Alemanha, definindo seu domínio como inerente aos professores, o que resultará em um ambiente de ensino mais plural e contemporâneo, com maior uso de ferramentas integradoras e protagonismo do aluno. Ademais, é crucial que o Executivo destine mais verbas às escolas, superando o contexto de exclusão definido pelo capitalismo e oferecendo uma real tomada de autonomia por todos os discentes do Brasil.