Há muito que se tornou obsoleto o modelo de ensino descrito por Machado de Assis no “Conto de Escola”, em que o professor é o exclusivo detentor do conhecimento, cabendo aos alunos papel passivo na aprendizagem. Nesse contexto, os avanços tecnológicos recentes têm-se revelado favoráveis à educação, seja por interagir com o estudante da forma como ele está habituado, seja por estimular a participação dele. De acordo com Durkheim, sociólogo francês, a educação é uma socialização da geração jovem pela geração adulta. Nesse sentido, é comum que o método adotado pelo professor divirja do adequado ao estudante, que nasceu em época permeada de tecnologias e conectada à internet. Por conseguinte, a dinâmica de sala de aula é lesada, ao passo que alunos com grande potencial deixam de desenvolvê-lo por desinteresse na forma de ensino pouco atrativa. Segundo pesquisas, 70% dos alunos concordam que o uso da internet facilita a aprendizagem. Isso decorre do aumento da interatividade proporcionado, em substituição às aulas puramente expositivas. Desse modo, o estudante se torna agente na construção do conhecimento e, consequentemente, tem maior propensão a acompanhar a aula, assimilando competências. Assim, infere-se que o uso de tecnologias na educação é eficaz na construção do conhecimento. Portanto, cabe aos educadores a adoção de metodologias como a sala de aula invertida, que propõe a teoria ministrada em forma de videoaulas para assistir em casa, e a otimização do tempo de aula para debates do conteúdo já estudado pelos alunos e esclarecimento de dúvidas. Ademais, cabe ao Ministério da Educação prever o uso de softwares educacionais nas escolas públicas e privadas, como o Cabri-Géométre, de matemática, com o intuito tornar tangível a matéria. Com isso, será possível tornar a educação no Brasil mais acessível e atrativa aos estudantes.