O mundo está em constante evolução, e com a educação não é diferente, já que é microcosmo da sociedade. Desse modo, segundo o professor americano James G. Lengel, esta em vias de expansão a “educação 3.0”, que visa o ensino colaborativo e dinâmico. Assim, com tais perspectivas é notório ressaltar a importância da tecnologia, que no âmbito do ensino brasileiro pode beneficiar a relação entre docente e discente, bem como expandir a aprendizagem. Quando observa-se a situação das escolas no país, o que vê-se é a exemplificação do modelo de “educação bancária”, enunciado pelo educador Paulo Freire. De fato, ainda há a ideia da existência do professor como detentor do conhecimento e dos alunos como meros aprendizes. Em contrapartida, com a inserção tecnológica, busca-se a horizontalização do aprendizado, pois professores e alunos podem ter acesso à celulares e “notebooks”, e assim buscar informações em conjunto, visando fomentar discussões em prol da sedimentação do conteúdo. Além disso, um dos diversos impasses vividos no âmbito educacional é a dificuldade de conseguir atender a todos os discentes com eficácia, já que eles apresentam diferentes limitações e formas de aprendizados. Por esse viés, o uso da tecnologia pode maximizar esse atendimento, por meio de jogos digitais ou plataformas educacionais, que mostrem o conhecimento sob diversas perspectivas, melhorando dessa maneira a compreensão do aluno. Destarte, a dinamicidade do modelo proposto por Lengel será explorada, em busca de um ensino promissor. Em suma, a educação brasileira apresenta desafios, que por meio da sua reformulação, pelo investimento tecnológico podem ser combatidos. Para tanto, é preciso que o Ministério da Educação e o poder executivo invistam na qualificação dos professores, para que eles estejam preparados nesse novo cenário. De modo que, na graduação de licenciatura tenha matérias voltadas ao uso de tecnologias, com intuito de mostrar o uso prático em sala. Ademais, faz-se necessário um maior investimento na estrutura das escolas, o que pode ocorrer através da parceria pública com empresas de eletrônicos por exemplo. Sendo que, essa parceria seja permanente visando à manutenção do projeto, sobretudo para as escolas menos estruturadas. Nesta conformidade, a crítica de Freire será distanciada, por uma realidade mais próxima do que disse Lengel.