"O verdadeiro progresso é o que coloca a tecnologia ao alcance de todos". A frase atribuída ao empreendedor Henry Ford, ilustra com precisão a importância da democratização dos aparatos técnicos. Nesse sentido, na contemporaneidade brasileira, os recursos tecnológicos tem-se tornado de suma importância no processo educacional, porém o incremento na sala de aula sofre impedimentos de amplo espectro. Dentre os principais entraves na situação pragmática, destacam-se inobservância estatal e a carência de projetos políticos-pedagógicos. A priori, é notório que a falta de amparo do Estado diminui o acesso aos proveitos da tecnologia moderna. Isso decorre, lamentavelmente, devido, muitas vezes, à negligência dos agentes públicos em atender as necessidades dos professores na sala de aula, como a disposição de lousas digitais e laboratórios devidamente equipados. Atrelado a isso, a adoção do modelo tradicional de ensino e aprendizagem desmotiva e promovem a indisciplina dos menores. Tal situação rompe com o conceito rousseauniano de " Contrato Social", em que o Governo, por meio do poder, manteria as regras e vantagens igualmente para todos. Logo, é imperiosa a elaboração de mecanismos para remediar falhas institucionais. Outrossim, nota-se, ainda, que a ausência de planos dificulta a relação entre o universo digital e o conhecimento. Isso acontece, infelizmente, porque frequentemente não há nas instituições escolares, sobretudo nos bairros periféricos dos grande centros urbanos, projetos que viabilizem a contextualização dos recursos tecnológicos levados pelos discentes ao ambiente escolar, como smartphones e tabletes, afim de promover a dinamização do ensino e a construção de novos saberes. Como consequência disso, tal articulação estratégica pedagógica em favor da educação fica comprometida. Dessa forma, é impreterível, em regime de urgência, elaboração de programas para a aquisição integral dos benefícios técnicos. Claro está, portanto, que a adoção de medidas capazes de promover a tecnologia na educação brasileira torna-se imprescindível. O Ministério da Educação, primeiramente, em parceria com a iniciativa privada, deve criar um projeto, direcionado as instituições escolares carentes, que prime essencialmente no oferecimento de recursos técnicos-pedagógicos, monitores digitais e projetores interativos, com o escopo de captar a atenção e a postura participativa do aluno. Ademais, as Secretarias Estaduais de Educação, em consonância com as direções escolares, devem engendrar um plano que paute fundamentalmente em promover a participação dos aparelhos eletrônicos dos alunos no processo de pesquisas científicas, com a finalidade de estabelecer relações mediadoras e adicionais no alcance do conhecimento. Somente assim, a tecnologia democrática, preconizada por Ford, tornar-se-á uma realidade cabal.