A partir das revoluções técnico-científicas, ocorridas inicialmente no século XVIII, percebe-se a ascensão do uso de tecnologia no cotidiano de grande parte do tecido social. Nesse cenário, o lançamento de dispositivos eletrônicos no mercado trouxe, sobretudo aos profissionais da educação, a necessidade de uma reflexão acerca do incremento dessas ferramentas no processo educacional. Desse modo, convém analisar os benefícios da tecnologia, não só na melhora do aprendizado, mas também para o desenvolvimento do país. Cabe pontuar, em um primeiro plano, a imprescindibilidade da capacidade do discente de relacionar o conhecimento adquirido na escola com o cotidiano. Nesse contexto, sabe-se que o uso da internet na sala de aula, como ferramenta de pesquisa, atua como facilitador na elucidação de fenômenos ensinados pelos professores, sobretudo das ciências da natureza. Analogamente ao pensamento de Immanuel Kant, o qual diz que o ser humano é aquilo que a educação faz dele, o uso de facilitadores na compreensão dos conteúdos ministrados, tais como computadores com acesso à internet, promove não só a visualização da aplicabilidade do conhecimento, mas também desperta o interesse no aluno pela busca de um aprendizado sólido. Vale ressaltar, ainda, o papel da educação de qualidade na viabilização de pesquisas no país. O empirista Francis Bacon alegou ser o conhecimento uma forma de poder. Sob esse viés, estatísticas veiculadas pela Revista Veja mostram que as nações mais desenvolvidas, no âmbito mundial, são aquelas que investiram em educação, uma vez que essa fomenta a pesquisa e, consequentemente, a produção de novas tecnologias. Nesse sentido, o uso de aparelhos tecnológicos em sala de aula, além de possibilitarem o maior interesse dos estudantes pelo aprendizado, contribui para a ascensão do Brasil a um patamar superior, no que tange ao desenvolvimento. Infere-se, portanto, que o incremento da tecnologia no processo de ensino atua como contribuinte para a solidificação do conhecimento. Nessa perspectiva, o Governo Federal, na figura do Ministério da Educação, deve promover o uso de ferramentas tecnológicas nas salas de aula, por meio da disponibilização de computadores, com acesso à internet, aos discentes. Isso pode ser feito por intermédio dos subsídios de parcerias público-privadas e da capacitação dos professores quanto ao uso desses dispositivos, a partir de cursos oferecidos pelo SESI e SENAC, com o fito de garantir o real aprendizado dos alunos. Só assim, com a aplicação de mecanismos exitosos, caminhar-se-á à comprovação dos pensamentos de Kant e Bacon.