Ao longo da História, os EUA apresentaram uma sociedade com segregação racial evidente. Nesse cenário, em 1960, o país foi o primeiro a adotar as cotas contribuintes para minimizar a disparidade econômico-social. Analogamente, em 2012, o Brasil aprovou uma lei de cotas, a qual prevê que 50% das vagas do Ensino Superior deverão ser destinadas a alunos de escolas públicas e em 2005 o Prouni que garante bolsas de estudo. Com isso, a necessidade dessas políticas é sustentada por fatores históricos e sociais, seja pela desigualdade social, seja pelo racismo e, seus efeitos são positivos. É indubitável que as sequelas da escravidão não se resolveram no dia 13 de maio de 1888. Exemplo disso traduz-se em dados do IBGE, os quais apontam que 76% da população desvalida de riquezas é negra. Assim, arrastou-se uma dívida histórica com esse grupo, atrelado ao racismo. Nesse linha de pensamento, as cotas são ferramentas democratizantes da educação ,haja vista que, elas valorizam o pensamento de diversos segmentos étnicos e sociais e oferecem oportunidades para o ingresso no mercado de trabalho. Outrossim, destacam-se os efeitos positivos das políticas inclusivas. Estudos realizados pela Unicamp mostram que o desempenho médio de alunos cotistas e bolsistas é superior ao dos demais. A partir disso, quebra-se o estigma de que as cotas diminuiriam o nível dos cursos e seriam muletas para o comodismo. Entende-se, portanto, que essas ações afirmativas são necessárias na atual conjuntura. Afim de ir além delas, o Governo deve adotar – no caso das cotas- provisoriamente enquanto reestrutura o Ensino de Base através da valorização do salário do professor, reforma estrutural física e fiscalização do desempenho das instituições aliado ao MEC. Ademais, ONG’s devem divulgar dados como os acima para conscientizar a população da necessidade de inclusão no ensino que por conseguinte diminuirá o preconceito.