Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: As políticas públicas de incentivo à educação superior no contexto nacional

Redação enviada em 07/07/2016

A primeira universidade pública no Brasil foi criada em 1808, implantada para estudos da medicina. Naquela época, apenas os filhos de aristocratas coloniais podiam ter acesso ao ensino superior. Atualmente, a inserção de jovens e adultos no meio acadêmico está diversificada, através das ações afirmativas e por meio de reservas de vagas (cotas) que possibilitam a entrada de pardos/negros, estudantes de escola pública e candidatos de baixa renda na universidade. Será que dessa forma, o mérito de conseguir a vaga para ter acesso ao ensino superior está sendo respeitado? Os programas de acesso à universidade, como o Sistema Unificado (SISU) e o Programa de Universidade para Todos (ProUni), através do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), ampliou a entrada de jovens de variadas classes e raças. No entanto, a forma como são aplicadas as cotas raciais causou a segregação do ingresso ao ensino superior, pois pela possibilidade de se auto declarar negro ou pardo, alguns candidatos mal-intencionados aproveitam dessa lacuna para facilitar o ingresso à universidade. Com isso, o principal lema para conseguir a vaga, a meritocracia, está comprometida, pois aqueles que realmente estão preparados e mereciam entrar na faculdade, não obtém êxito pela redução da quantidade de vagas de ampla concorrência para a reserva de cotas aos pardos e negros. Por outro lado, as reservas de vagas para alunos de escola pública e candidatos de baixa renda nas faculdades, tornam-se essenciais para a disputa igualitária pela vaga. A defasagem do ensino em escolas públicas compromete a base curricular do estudante, e assim, o prejudica para preparação para o vestibular. Além disso, a entrada de classes menos favorecidas ao ensino superior teve um aumento de 400%, segundo o Governo Federal, entre 2004 e 2013, por conta do aumento de cotas para candidatos pobres. Destarte, o Governo não pode utilizar as cotas como justificativa para a atual situação deficitária do ensino público. Assim como pensa Aristóteles: “As raízes do estudo são amargas, mas os seus frutos são doces”, as autoridades competentes necessitam melhorar a qualidade do ensino dado em escolas públicas para que os alunos, um dia, não precisem das cotas para se igualar a àqueles que tiveram um ensino de qualidade. O Estado deve, portanto, revisar as cotas raciais para não causar o “efeito gangorra”: aumenta o número de negros e diminui o número de brancos, por isso, necessita disponibilizar mais vagas em ampla concorrência para que a disputa seja feita pela meritocracia. Os estudantes, por sua vez, precisam se conscientizar através de campanhas realizadas pelas universidades que a meritocracia empregada para entrar na faculdade, advém do esforço cognitivo e não da sua cor racial, além de punir com perca da vaga e impossibilitar a realização de qualquer prova da instituição por aqueles que tentarem burlar o sistema de cotas.