Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: As políticas públicas de incentivo à educação superior no contexto nacional

Redação enviada em 01/08/2018

O impacto da escravidão no Brasil perdura até os dias atuais, já que mesmo após a abolição pela Lei Áurea, a prática continuou e contribuiu para a exclusão de negros e indígenas, vítimas desse regime. Dessa forma, com intuito de corrigir essa dívida histórica, as populares cotas surgem com o objetivo de auxiliarem na inclusão social desses grupos, ainda que existam críticas contrárias à sua apicação. Nesse sentido, é preciso um amplo debate acerca da abrangência e eficácia das ações afirmativas. Em um primeiro momento, é preciso reconhecer que mão de obra negra e indígena foi a principal utilizada no regime escravocrata brasileiro. Assim sendo, o reflexo direto desse cenário é a sociedade atual ter sua população pobre formada, em sua maioria, por descendentes desses grupos. Ademais, o regime contribuiu para o formação de um abismo social entre as classes, de forma que ascender socialmente ou é um caso de sorte, como com Chica da Silva, ou de persistência, como normalmente há de ser. Nesse caso, a educação e o mercado de trabalho são fatores que permitem a mobilidade social e que são facilitados pelas ações afirmativas sociais e raciais. Entretanto, uma discussão é gerada quanto à eficácia das cotas, uma vez que a justificativa dos críticos é baseada no fato de as ações raciais não atingirem a população branca que também é pobre, de modo a favorecer um em detrimento do outro. Contudo, sem elas não há como a população preta, parda e indígena ser representada na política do país, por exemplo, enquanto que a população branca sempre teve representação. Por esse motivo, tanto as cotas raciais quanto as sociais são necessárias no cenário atual do Brasil. Torna-se evidente, portanto, que apesar de necessárias e eficientes para a inclusão social, elas pecam quanto à abrangência. Para solucionar a problemática, o poder público precisa aumentar a qualidade da educação pública, através de investimentos financeiros para capacitação das instituições, a fim de que os indivíduos não sejam dependentes das cotas para terem acesso à educação superior. Além disso, deve distribuir a renda nacional de forma justa, com intuito de reduzir a desigualdade social. Quem sabe assim, a dívida histórica seja paga e a inclusão social seja feita.