A discriminação étnica e racial esteve presente na sociedade brasileira desde a época colonial, onde índios e negros africanos eram escravizados por donos de terra portugueses. Tal atitude gerou preconceitos que duram até hoje, e as políticas públicas de incentivo à educação acabam por produzir efeitos semelhantes a alguns grupos específicos, além de outros problemas. As cotas, como são conhecidas, garantem 50% das vagas em faculdades para negros, descendentes de indígenas, estudantes de escola pública e deficientes. Contudo, essa medida só é eficaz até certo ponto. Quantos aos deficientes as políticas públicas são interessantes, uma vez que problemas físicos causam comprometimentos e dificuldades à essas pessoas. Já no caso das cotas direcionadas à negros, pardos e cidadão que estudaram em escolas públicas, não há necessidade. Nos dois primeiros, a diferenciação dessas etnias em relação aos brasileiros brancos gera preconceitos ao criar uma ideia de inferioridade: pardos e negros não tem capacidade de entrar na faculdade competindo com brancos, por isso necessitam de cotas. No terceiro caso, a educação pública já garante o preparo de alunos para o ingresso no ensino superior, tornando as políticas publicas dispensáveis. Analisado o exposto, conclui-se que as cotas precisam de uma reformulação, pois em alguns casos elas são desnecessárias. Logo, o Governo poderia revisar o público com direito a esse recurso, permanecendo somente os necessitados dele, ou seja, os deficientes físicos.